A obesidade mórbida é uma doença crônica que por estar associada a várias outras doenças acaba pondo em risco a vida do paciente. Este termo Obesidade Mórbida foi criado para definir uma doença adquirida na qual o grau de obesidade faz com que doenças orgânicas ocorram ou estejam significativamente agravadas pelo excesso de gordura corporal, tornando cada vez mais sérios os inconvenientes sociais e psíquicos decorrentes. Esta doença afeta cerca de seis milhões de pessoas apenas no Brasil: 13,3% das mulheres e 5,5% dos homens da população adulta. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, o excesso de peso em si não é o maior dos problemas da obesidade, mas sim as potenciais patologias associadas a ele.

A obesidade mórbida é uma doença crônica, multifatorial, que leva o paciente a um acúmulo de gordura desnecessário e prejudicial ao organismo, causando uma incidência 12 vezes maior de mortalidade do que a população magra. Aproximadamente 35% dos pacientes obesos possuem diabetes mellitus; 15%, insuficiência cardíaca; 75%, incontinência urinária; 85%, depressão; 75%, artropatias; e 65%, Hipertensão Arterial Sistêmica. Patologias como estas, muitas vezes associadas, reduzem a média de vida a 45 anos, 27 a menos do que a de um não obeso.

A cirurgia não é, portanto, um caminho mais rápido e sem esforço, mas uma via de acesso à qualidade de vida. O tratamento cirúrgico é a única forma de controlar uma doença fatal, uma ferramenta disponível da ciência para evitar uma morte desnecessária e precoce. Não possui nenhum caráter estético, mas sim terapêutico, profilático, de doenças que estão associadas ao excesso de peso.